Kaká brilhou na goleada (mais uma) do Real Madrid sobre o Espanyol. Sua presença se transformou instantaneamente em necessidade extrema na seleção da CBF. Paulo Henrique Ganso foi o melhor em campo na vitória do Santos sobre o mistão do Corinthians. Pronto, além de aparecer em destaque nas capas dos cadernos de esportes da segunda-feira, o meia santista voltou a ser a grande esperança para o meio-campo brasileiro. E o Bahia de Falcão? Líder no campeonato estadual com o ataque mais positivo do país, logo foi elevado à condição de sensação e o técnico volta a ficar em alta.
Nada demais nos elogios aos três, todos justos. Mas sem exageros, por favor. A capacidade de Kaká não se discute, a volta de seu ótimo futebol depende da combinação entre condicionamento físico e ritmo de jogo. O problema é a concorrência que enfrenta todo jogador que integra um elenco estelar. Possivelmente atuando mais e por períodos mais longos o brasileiro confirme uma nova excelente fase. Mas precisará de outras atuações convincentes como a de domingo. De qualquer forma, se antes mesmo da goleada sobre o Espanyol ele já era mais merecedor de uma convocação do que Ronaldinho Gaúcho, ficou mais difícil para Mano Menezes explicar o inexplicável.
Ganso foi muito bem no duelo com o Corinthians. Não só pelo passe para o gol de Íbson, cujos méritos foram enormes na jogada, pelo deslocamento preciso, dando a opção do passe ao camisa 10, e também pela execução do lance, arrematando para as redes. Participando mais do jogo, o PH atual é melhor do que o de tempos recentes. O que, convenhamos, não é grande mérito. Ele pode jogar mais, deve jogar mais. Ainda está longe de se tornar um craque que arregale os olhos dos clubes mais poderosos do mundo. Sua participação nas partidas, intensidade nos jogos, terá de aumentar muito para isso. É jovem, deverá evoluir se continuar no caminho que parece ter retomado. Mas essa trajetória ainda não acabou, claro. É só o começo...
Se em campo Paulo Roberto Falcão provou ser uma dos maiorais, como técnico ainda não. Seus resultados no Internacional não foram ruins a ponto de ser dispensado da maneira que o mandaram embora os cartolas colorados. E não esqueçamos, ele ganhou o título gaúcho na cancha inimiga em 2011. Faltou tempo para mostrar mais. Começou apresentando bons resultados em seu novo desafio, no Bahia. Mas ainda é cedo para tanta empolgação. Torcem pelo sucesso de Falcão como técnico todos que gostam de futebol e esperam o surgimento de novas ideiais entre os treinadores. Mas esses seis jogos (abaixo) são apenas um cartão de visita. Melhor esperar mais.
O Bahia com Falcão*
12/2 Bahia 0 x 0 Vitória (3º)
15/2 Juazeiro 1 x 4 Bahia (8º)
23/2 Bahia 4 x 0 Fluminense de Feira de Santana (11º)
26/2 Camaçari 0 x 3 Bahia (10º)
29/2 Bahia 5 x 1 Camaçari (10º)
4/3 Fluminense de Feira de Santana 0 x 2 Bahia (11º)
* entre parênteses, a posição dos adversários no campeonato baiano, disputado por 12 equipes
http://esportes.br.msn.com/colunistas/ainda-%C3%A9-cedo-para-tanta-festa-em-torno-de-falc%C3%A3o-ph-ganso-e-kak%C3%A1
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