Os comandantes de Figueirense e Avaí irão medir forças pela primeira vez no clássico deste domingo, 1º de abril. O jogo, marcado para às 18h30min, é válido pela sétima rodada do returno do Catarinense. Campeão do turno e garantido nas semifinais da competição, o Alvinegro está em uma situação diferente do rival na competição. O Leão precisa ganhar para se manter vivo na busca pelo título do returno.
Apesar de estar menos pressionado do que o adversário, o Figueira quer vencer para acabar com um tabu que já dura cinco anos: desde 14 de fevereiro de 2007 que o time do Estreito não vence o Avaí em casa, atuando com sua equipe principal. O Diário Catarinense entrevistou os dois treinadores antes do confronto. Confira os principais trechos.
Hemerson Maria - técnico do Avaí
Diário Catarinense: A postura do Avaí vai ser mais defensiva neste jogo se comparado ao time que enfrentou o Marcílio Dias?
Hemerson Maria: Nós temos que ter um time equilibrado. Tivemos alguns problemas contra a equipe do Marcílio Dias, sofremos alguns contra-ataques, mas fizemos um trabalho para corrigir, mas não podemos deixar de atacar. Se você jogar no Scarpelli e ficar atrás, se defendendo, com o poderio ofensivo que o Figueirense tem, vai sofrer.
DC: Há cinco anos o rival não vence o clássico como mandante. Isso é um fator positivo?
Hemerson: É um fator motivacional importante, mas tudo será resolvido dentro de campo. O Figueirense é uma grande equipe, o Avaí também é. Eu acredito em um grande jogo.
DC: Você trabalhou por muito tempo nas categorias de base do rival. E agora, defendendo o Avaí, no profissional, como fica?
Hemerson: Não tenho sentimento de vingança. Sou muito grato ao Figueirense, me ajudou muito na formação como homem. Devo muito a eles, mas ficou para trás os 10 anos que trabalhei lá. Tenho que fazer o Avaí forte, ir lá e vencer o jogo.
DC: O que fazer para não repetir o placar do clássico do primeiro turno?
Hemerson: O Avaí tomou gol no contra-ataque, em um momento que estava melhor no jogo, em uma escapada do Roni. São jogadores perigosos, que precisam ser vigiados de perto. O Figueirense tem um elenco de muita qualidade, mas o Avaí também tem, ficou fortalecido depois da vitória. Nós temos que atacar o Figueirense, mas quando eles roubarem a bola, temos que resguardar ali atrás para não sofrer o contra-ataque.
Branco, treinador do Figueirense
Diário Catarinense: Desde 2007, o Figueirense não vence um clássico como mandante. De alguma maneira, isso pode influenciar os jogadores?
Branco: Os tabus existem para ser quebrados. Vamos enfrentar uma equipe de qualidade, que tem novo comandante e que conquistou uma vitória expressiva (6 a 1 sobre o Marcílio Dias) na última rodada. Cada partida tem a sua história. E o favoritismo a gente faz dentro de campo, jogando bem e todo mundo ligado, principalmente contra um grande rival.
DC: O tabu incomoda?
Branco: Não incomoda, não. Eu cheguei aqui neste ano, não vivi o passado. A meta é conquistar a vitória, mas estamos conscientes da dificuldade. Mas vencendo o confronto, a gente quebra algumas coisas. É um jogo diferenciado e ganhar um clássico motiva, dá moral.
DC: O atacante Felipe Alves, do Avaí, fez três gols no último jogo. É um jogador que receberá atenção especial?
Branco: Todos os jogadores do Avaí preocupam. Eles têm uma equipe qualificada, mas nós vamos jogar em casa e devemos mostrar o nosso futebol. O importante é entrar esperto.
DC: Os números mostram a superioridade do Figueirense no campeonato. É um fator positivo?
Branco: Para mim, clássico é clássico e deve ser tratado como tal. Não adianta o meu time estar na frente na classificação geral, ter ganhado turno. Isso não quer dizer muita coisa. É uma partida importante em todos os sentidos, para o presente e para o futuro de jogadores e treinadores.
FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE
Wilson; Pablo, Canuto, Sandro e Guilherme Santos; Ygor, Túlio, Roni e Toró; Aloisio e Julio Cesar
Técnico: Branco
AVAÍ
Diego; Arlan, Renato Santos, Leandro Silva e Aelson; Bruno, Pirão (Mika), Cleber Santana, Robinho (Saldanha ou Diego Palhinha); Felipe Alves e Nunes
Técnico: Hemerson Maria
Arbitragem: Braulio da Silva Machado, auxiliado por Kleber Lúcio Gil e José Roberto Larroyd
Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis
Horário: 18h30min
http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/esportes/noticia/2012/03/treinadores-de-figueirense-e-avai-medem-forcas-pela-primeira-vez-em-um-classico-3713036.html
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