domingo, 15 de janeiro de 2012

Peneira: é preciso pagar para ficar?

Fonte: http://wanderleynogueira.blog.terra.com.br/2012/01/15/peneira-e-preciso-pagar-para-ficar/


A rua 13 de maio, em São Paulo, é um dos grandes centros gastronômicos do país.
Sem dúvida, é capaz de agradar todas as preferências.
Templo da Carne Marcos Bassi, Basilicata, Pizzaria Speranza, Hideki Sushi, Villa Távola, Lazarela, Mexilhão, Braugarten, Roperto, Cantina da Conchetta, Almarana e muitas outras casas. Está tudo lá.
E nessas mesas as conversas são informais e descontraídas. Futebol ocupa boa parte do enredo.
Quando a conversa está um pouco acima do tom, quem fica nas mesas próximas obrigatoriamente “entra” no assunto. É impossível deixar de ouvir o discurso dos outros.
Coincidências da vida, em uma semana, com atores diferentes, o texto foi quase o mesmo: reclamações contra o trabalho que é feito nas “categorias menores” dos clubes. Os protestos entre uma garfada e outra foram de incompetência dos responsáveis até suborno.
E em época de Copa São Paulo, o final da conversa é quase sempre o mesmo: “tá aí a Copinha para confirmar os absurdos…”.
Um senhor de cabelos brancos falou irritado: “fiquei sabendo que o cara pediu R$ 20 mil para não dispensar os dois garotos”.  Esse tipo de revelação é muito ouvida nos bastidores do futebol. Infelizmente, os autores desconversam quando alguém quer levar o assunto adiante.
Com as exceções de praxe, os clubes não colocam no comando dos seus centros formadores profissionais de excelência.  Alguns são absolutamente desconhecidos e sem qualificação para boas avaliações.
Mas há fatos com que todos concordam faz tempo. O trabalho de garimpagem no futebol brasileiro é péssimo. As chamadas “peneiras” são ineficientes, injustas e beirando a farsa.
Quando alguém diz perto da gente que “no teste que esse garoto foi aprovado, tinha outro muito melhor e foi dispensado” ele pode estar realmente dizendo a verdade.
E neste caso resta saber se foi por falta de conhecimento do avaliador ou por corrupção.

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