Nascimento: Dois Vizinhos (PR), 22.03.1983.
Posição: atacante.
Clubes:Atlético e Seleções Brasileiras Sub-20 e Sub-23.
No Atlético: 2001 a 2004. Campeão paranaense em 2002 e campeão brasileiro em 2001.
Antes mesmo de completar 20 anos, Dagoberto já havia se tornado ídolo da torcida atleticana. Uma das grandes promessas do futebol brasileiro, ele foi descoberto pelo olheiro Ticão aos 14 anos e convidado para jogar no infantis do PSTC. Em 2000, foi campeão e artilheiro do Campeonato Paranaense Juvenil, com 25 gols. Transferiu-se para o Atlético em 2001, reforçando a equipe de juniores.Dagoberto nasceu em Dois Vizinhos, mas foi criado em Enéas Marques, no norte do Paraná. No interior, dividia as peladas com os amigos com o trabalho na roça e os estudos. Chegou ao PSTC de Londrina em 1998, mesmo time que revelou o pentacampeão Kleberson. Foi contratado pelo Atlético em 2001 e teve uma ascensão meteórica. O técnico Geninho o tirou do time de juniores e promoveu sua estréia no jogo contra o Botafogo, em Ribeirão Preto, em 28 de outubro. Ele ainda participou de outro jogo daquele Campeonato Brasileiro (contra o Vitória), conquistado pelo Atlético.
No ano seguinte, começou a temporada já como titular. O Atlético estreou com um time misto na Copa Sul-Minas contra o Cruzeiro. A equipe foi derrotada, mas Dagoberto foi considerado o melhor em campo. Daí em diante, foi ganhando seu espaço aos poucos, até cair definitivamente nas graças da torcida.
Habilidoso e criativo, Dagoberto possui características que fizeram dele um ídolo da torcida durante certo tempo. A começar, tem identificação com as cores do clube, afinal é paranaense e foi forjado nas categorias de base. Além disso, é capaz de protagonizar jogadas geniais, com dribles abusados e arrancadas sensacionais. Por fim, é um atacante goleador e não apenas um criador de jogadas.
Na infância, Dagoberto ajudava a família, plantando milho e feijão e, nas horas vagas, disputava as tradicionais peladas de final de semana. Naquela época, o atacante impressionava a todos com suas arrancadas em diagonal rumo ao gol. Foi quando Douglas, o filho mais velho da família Pelentier, em um dia de folga, viu o caçula jogar. Ali foi a grande descoberta: ao contrário do que a família apostava, o craque da família era o filho mais novo.
Em 1997, Dagoberto foi convidado por Ticão a realizar testes no PSTC. Uma semana depois, o clube lhe deu uma ficha de filiação. Quatro anos depois, beneficiado pela parceria entre PSTC e Atlético Paranaense, Dagoberto desembarcou no CT do Caju, em Curitiba. Antes, no ano anterior, havia feito furor no Campeonato Paranaense Juvenil, ao marcar 25 gols e se transformar no maior artilheiro da história do torneio. A façanha alavancou a trajetória do atacante no Furacão.
Mal chegou e foi chamado pelo técnico Mário Sérgio a integrar o elenco profissional. O técnico seguinte, Geninho, deu seqüência à iniciativa de Mário Sérgio, colocando o atacante para jogar e preocupando-se em não queimá-lo com a torcida. Por isso, o jogador figurava entre os reservas e entrava no decorrer das partidas, para adquirir experiência. Mas o grande momento de Dagoberto foi no Torneio de Toulon, na França, com a Seleção Brasileira. Com apenas 19 anos, foi o principal destaque do time campeão. Seu futebol rápido e ousado, sempre buscando o gol, proporcionou algumas jogadas que encantaram os torcedores. Por diversas vezes, chegou a ser comparado a Zico.
Porém, foi em 2002 que Dagoberto explodiu, protagonizando lances de puro brilhantismo. Um deles aconteceu em setembro, quando fez um gol contra o Botafogo que o projetou no cenário nacional, poucos segundos após ter entrado em campo. Porém, com o decorrer da competição, o futebol imprevisível do jogador (e também do time) foi desaparecendo. Dagoberto teve que amargar a despedida do campeonato como um simples coadjuvante, diante da má fase. Já o ano seguinte foi grandioso para o atacante atleticano. Em janeiro, Dagoberto participou do Sul-Americano Sub-20, no Uruguai, no qual o Brasil ficou com o vice-campeonato. Em outubro, disputou os Jogos Pan-Americanos , em Santo Domingo, e ajudou a conquistar a medalha de prata para o futebol brasileiro. Finalmente, em dezembro, Dagoberto foi campeão mundial Sub-20, ao lado do também atleticano Fernandinho. Pelo Atlético, Dagoberto foi um dos destaques no ano, sendo eleito pelos internautas da Furacao.com como o melhor em 2003.
Além disso, o atacante terminou o ano como vice-artilheiro da equipe com 12 gols e ficou em terceiro lugar na Bola de Prata da revista Placar. Em janeiro de 2004, Dagoberto participou do Pré-Olímpico, defendendo o Brasil, mas não conseguiu ajudar o país a se classificar para as Olimpíadas. Em outubro, sofreu a contusão mais grave de sua carreira. Em um jogo contra o Paraná, na Kyocera Arena, rompeu os ligamentos do joelho. Foi operado nos Estados Unidos e passou um ano afastado dos gramados. Quando retornou, voltou a conviver com uma série de lesões, musculares e no joelho operado.
Sua história com a camisa rubro-negra passou a ser manchada a partir de sua associação aos empresários da Marcosul Massa Sports. Assinou com os novos procuradores na semana em que sofreu a grave lesão no joelho. Depois de recuperado, negou-se a prorrogar seu contrato pelo período em que havia ficado parado e iniciou uma batalha pública que mobilizou toda a torcida atleticana. Aparentemente, a estratégia do atacante e de seus procuradores era criar uma indisposição que permitisse o jogador a deixar o Atlético para acertar com outra equipe brasileira.
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