EDUARDO LOPES e RODRIGO CAPELO
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP
Em 27/10/11 as 20:43
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP
Em 27/10/11 as 20:43
Na última terça-feira, o Flamengo eliminou o Santos do Torneio Rio – São Paulo de Showbol. No entanto, para a diretoria do clube paulista, a partida nem poderia ter existido. A diretoria santista alega que a organização do evento não pediu a autorização pelo uso de imagem do time e, portanto, a existência do torneio é ilegal.
O depoimento santista aconteceu na própria terça-feira, horas antes da partida entre Santos e Flamengo. Em palestra cedida para Trevisan, em São Paulo, o gerente-executivo de marketing do clube, Armênio Neto, foi direto em suas palavras: “O Showbol é pirataria”.
A comparação do executivo foi com produtos piratas, em que artigos são comercializados com a marca do time, mas sem um acerto oficial. Ou seja, sem repasse de royalties para o clube.
O torneio, transmitido pela Sportv, mantém até marcas de patrocinadores do evento nos uniformes do clube, exemplos de Lupo, Camp e STR Ar Condicionado. Os nomes dos times são usados, assim como as cores de seus uniformes. Única identificação que não é exibida é o escudo de cada agremiação.
Não são todos os clubes que, como o Santos, não autorizam o uso da marca pelo Showbol. Como se trata de um evento com ex-atletas das equipes profissionais, algumas agremiações aceitam as condições, como modo de promover o próprio time. O veto ao escudo entra apenas como uma proteção contra a comercialização com o nome da equipe, como em caso de produtos licenciados.
Até o momento, o Santos não acionou seu departamento jurídico para resolver o imbróglio. Por ora, o departamento de marketing do clube ainda estuda o que deve fazer a respeito do torneio.
Caso entre com uma ação contra a organização do Showbol, o Santos não deve ter dificuldades em sair ganhador, como explica Eduardo Carlezzo, advogado da Carlezzo Advogados. “Independente da exclusão do nome completo, Santos Futebol Clube, ou de seu escudo, há todos os indicativos para se referir ao Santos”, argumentou, lembrando que, pela Lei Pelé, a propriedade da marca pertence ao clube.
Se vencer na justiça, o Santos poderia interromper o andamento do torneio e ainda ser ressarcido pelo uso indevido com um valor de indenização equivalente ao que seria gasto com a autorização oficial do clube.
Nesse caso, a transmissão na Sportv e a venda dos patrocínios para o Showbol complicariam a situação da organização do torneio, como explica o advogado Machado Meyer, do escritório homônimo. “Quanto maior o evento fica, maior poderá ser essa indenização. O santista se interessa pelo evento porque há o Santos. Sem o nome dos clubes, o apelo seria muito menor”, afirmou.
Procurada pela Máquina do Esporte, a organização do Showbol não respondeu à reportagem.
http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/direitoepolitica/22/22659/Santos-acusa-Showbol-de-uso-indevido-de-marca/index.php
O depoimento santista aconteceu na própria terça-feira, horas antes da partida entre Santos e Flamengo. Em palestra cedida para Trevisan, em São Paulo, o gerente-executivo de marketing do clube, Armênio Neto, foi direto em suas palavras: “O Showbol é pirataria”.
A comparação do executivo foi com produtos piratas, em que artigos são comercializados com a marca do time, mas sem um acerto oficial. Ou seja, sem repasse de royalties para o clube.
O torneio, transmitido pela Sportv, mantém até marcas de patrocinadores do evento nos uniformes do clube, exemplos de Lupo, Camp e STR Ar Condicionado. Os nomes dos times são usados, assim como as cores de seus uniformes. Única identificação que não é exibida é o escudo de cada agremiação.
Não são todos os clubes que, como o Santos, não autorizam o uso da marca pelo Showbol. Como se trata de um evento com ex-atletas das equipes profissionais, algumas agremiações aceitam as condições, como modo de promover o próprio time. O veto ao escudo entra apenas como uma proteção contra a comercialização com o nome da equipe, como em caso de produtos licenciados.
Até o momento, o Santos não acionou seu departamento jurídico para resolver o imbróglio. Por ora, o departamento de marketing do clube ainda estuda o que deve fazer a respeito do torneio.
Caso entre com uma ação contra a organização do Showbol, o Santos não deve ter dificuldades em sair ganhador, como explica Eduardo Carlezzo, advogado da Carlezzo Advogados. “Independente da exclusão do nome completo, Santos Futebol Clube, ou de seu escudo, há todos os indicativos para se referir ao Santos”, argumentou, lembrando que, pela Lei Pelé, a propriedade da marca pertence ao clube.
Se vencer na justiça, o Santos poderia interromper o andamento do torneio e ainda ser ressarcido pelo uso indevido com um valor de indenização equivalente ao que seria gasto com a autorização oficial do clube.
Nesse caso, a transmissão na Sportv e a venda dos patrocínios para o Showbol complicariam a situação da organização do torneio, como explica o advogado Machado Meyer, do escritório homônimo. “Quanto maior o evento fica, maior poderá ser essa indenização. O santista se interessa pelo evento porque há o Santos. Sem o nome dos clubes, o apelo seria muito menor”, afirmou.
Procurada pela Máquina do Esporte, a organização do Showbol não respondeu à reportagem.
http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/direitoepolitica/22/22659/Santos-acusa-Showbol-de-uso-indevido-de-marca/index.php
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