quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Vinícius Eutrópio no Bolívar

Na altitude de La Paz, Vinícius Eutrópio pretende respirar com calma. A cidade que aterroriza os times brasileiros a 3.600 metros de altitude agora conta com o ex-técnico da Chapecoense para comandar o clube mais popular da Bolívia. Nos seus três primeiros dias na capital do país, Eutrópio diz ter começado com sorte a caminhada rumo a um projeto ambicioso da diretoria: chegar às finais da Libertadores em 2018.

- Eu vim preparado para o pior em termos de adaptação. E é até engraçado porque eu sofri muito pouco. Tenho dado os treinos naturalmente. Gosto de correr bem durante os treinos e até agora não fui afetado. Talvez tenha sido ate uma sorte isso não ter acontecido – brincou.


Treinador da Chapecoense entre julho e setembro do ano passado, o brasileiro iniciou os trabalhos no Bolívar na última segunda-feira e foi apresentado com as credenciais de “técnico da primeira divisão do Brasil” e o “auxiliar de Parreira na Copa do Mundo de 2010”. Nas redes sociais, o dono do clube, Marcelo Claure, destacou os trabalhos do novo comandante:

Sem trabalhar desde que deixou a Chape, Eutrópio passou por uma negociação no mínimo curiosa. Depois de ser indicado ao cargo pelo ex-jogador Zé Carlos (o Zé do Gol), com quem trabalhou no Santa Cruz e que foi atacante do Bolívar, o treinador de 51 anos viajou no dia de Natal para Miami. Nos Estados Unidos ele se reuniu com o empresário Marcelo Claure, um boliviano do ramo de telecomunicações que vive no país. No projeto, um plano audacioso.

- É uma gestão profissional e eles querem fazer algo inédito. O Bolívar é o grande clube do país, equilibrado financeiramente. O objetivo é chegar ao tricampeonato boliviano e fazer uma campanha, se possível, chegando às finais da Taça Libertadores, pois o Bolívar já esteve uma vez nas semifinais em 2014.

No Grupo 2, ao lado de Atlético Nacional (Colômbia), Colo-Colo (Chile) e Delfin (Equador), o Bolívar estreia fora de casa contra o time equatoriano no dia 28 de fevereiro.

- Apesar de ter no grupo dois campeões da Libertadores (Colo-Colo e Atlético Nacional), eu acredito que seja uma chave equilibrada. Pelo o que a gente está montando, pelo nosso clima, pela manutenção de 90% do elenco e pelos reforços pontuais, o Bolívar espera surpreender e se classificar.


Apesar de disputar a competição como treinador pela primeira vez, a Libertadores não é novidade para o treinador. Em 2005, pelo Atlético-PR, e em 2008, pelo Fluminense, ele foi auxiliar-técnico e vice-campeão nos dois anos.

Agora, o sonho é levar um clube boliviano a uma inédita final. Mas ao mesmo tempo, um outro compromisso será feito. No acordo, o treinador será responsável por passar seu conceito desde já para todas as divisões de base do Bolívar.

- Isso me seduziu também. Fiz isso no Estoril em Portugal por quase dois anos. O Marcelo Claure disse que o clube tem a necessidade de melhorar sua formação. Eu vou fazer parte dessa reestruturação e eu gosto de ser atuante. Toda semana uma comissão técnica das categorias de base vai trabalhar aqui com a gente na equipe principal. Depois vou passar nosso conceito. Colocar a gestão de ideias, de jogo e como se forma um bom jogador.

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